segunda-feira, janeiro 21, 2008

Quando as cortinas descem


Sou atriz dos meus desejos
No meu palco em pleno breu
dou-te vida, te faço meu

Invento mil enredos, faço cena
ora, sou uma daquelas de Atenas
sou a Dama das camélias ou
simplesmente Helena
Joana, Pagu ou Madalena

Te prendo nas minhas falácias
ora te sirvo um banquete
ora te peço a cabeça
numa bandeja com flores
Salomé ou Messalina
dividida entre tantos amores

Mas quando a luz se acende
quando a cortina desce

exausto você se rende

e eu, volto a ser a menina
que nos teus braços adormece







Um comentário:

BLOG DO ZÉ ROBERTO disse...

No palco da sua vida as cortinas só se fecharão quando terminar mais um espetáculo seu onde voc~e mais uma vez foi aplaudida de pé. Eu a aplaudo de pé agora pela maravilhosa poetisa que és. Soube expressar amor, sentimentos e sensualidade numa poesia tocante e muito intensa. Beijos e muitos parabéns Monica. Você é show!!