terça-feira, abril 22, 2008

Ode à Lua

























Lua, amiga e companheira
das madrugadas vazias
me diz nessa noite cinzenta
neste arrebol que anuncias
donde veio esta tormenta?
quem desferiu este golpe?
quem decidiu meu destino?
Apunhalada e traída
abandonada à própria sorte
me entrego em batalha rendida
vítima dos meus desatinos
numa quase agonia de morte!

Serro as janelas d'alma
descerro as cortinas da vida
sou guerreira humilhada
sou infante, sou bandida
sou uma flor despetalada
sou meras quimeras perdidas
em meio ao pó desta estrada
nas batalhas e contendas
em tantas noites esquecidas!

Clamo aos céus por meu alento
que me venha em socorro
que essa Lua soberana,
dama imponente e altiva
me cubra com seu manto d'ouro
me adorne a fronte de estrelas
e vele pelo meu sono
que eu possa na alvorada
fortalecida e renovada
ganhar novamente a vida
empunhar a minha espada
erguer minha fronte aos céus
dar amor...e ser amada!

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